quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Oficina Pedagógica
Oficina com os Agentes Educacionais responsáveis pelas turmas de mini-grupo e maternal dos CIMEIs.
Foram confeccionas com feltro luvas de histórias da chapéuzinho vermelho e dos três porquinhos. Olha como ficaram lindos o trabalho das meninas.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Reunião Pedagógica
Reunião Pedagógica
Agosto/2012.
PAUTA
1. Abertura
2. Dinâmica: Apitar
e Pular
3. Leitura Compartilhada:
”A camisa Branca e o Carvão”
4. Texto de apoio:
“Mordidas: Aprendizagem ou Agressividade?”
5. Troca de
experiência
A
CAMISA BRANCA E O CARVÃO
O pequeno Zeca entra em casa, após a
aula, batendo forte o seu pé no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para
o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma
conversa.Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado.
Antes que seu pai dissesse alguma coisa,
fala irritado:
- Pai estou com muita raiva. O Juca não
deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho, que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho, que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto
caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o
fundo do quintal e o menino o acompanhou calado. Zeca vê o saco ser aberto e
antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa
branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de
carvão é um mau pensamento seu endereçado a ele. Quero que você jogue todo o
carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como
ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora se passou e o menino terminou a
tarefa. O pai que espiava tudo de longe se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho como está se sentindo agora?
- Estou cansado, mas estou alegre porque
acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é
colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto! Só se conseguia enxergar seus
dentes e os olhinhos.
O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não
se sujou; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que
lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos
pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
No nosso dia a dia, ficamos muitas vezes
irados com as pessoas que nos ferem, e o rancor humano faz com que tenhamos
raiva ou ódio de nossos semelhantes que pecaram contra nós, mas como este
pequeno conto tão bem ilustra, o ódio traz mais conseqüências e marcas em quem
odeia do que em quem é odiado, ouse perdoar a quem te machucou, ouse perdoar a
seu semelhante, mesmo que ele não mereça, no final quem sairá ganhando com
certeza será você...
Mordidas:
Aprendizagem ou agressividade?
Mordida: este é certamente um dos
maiores temores de mães com filhos em creches. Claro , ninguém gosta de ver aqueles
sinais doloridos na pele de seu filho. Mas, como é uma fase natural, é preciso
entender o que isso significa.
Antes de tudo, é preciso considerar que
para a criança a mordida não é uma arma. É antes, uma forma de expressão. Desde
que o bebê nasce, é pela boca que ele percebe o mundo. Não apenas pelo ato de
sucção e das mamadas, mas pelo choro, pelo riso, pelo balbuciar. À medida que
cresce e com o surgimento dos dentes, esse processo continua, e morder também
passa a ser uma forma de interagir com o mundo, de perceber a consistência de
um objeto e também de provocar reações. As crianças nesta fase oral ainda não
verbalizam com fluência e a linguagem do corpo acaba sendo mais eficaz. Nesta
fase ela é egocêntrica, imaginando que o mundo funciona e existe por causa
dela. Portanto, em sua concepção, tudo o que deseja deve ser prontamente
atendido e, quando isso não acontece, gera os chamados "conflitos sociais".
Para compreender as mordidas, é necessário levar em conta o contexto em que
ocorrem. Geralmente, estão associadas ao sentimento de contrariedade, de
frustração, de ansiedade, de raiva, de ciúmes, de busca de atenção.
Praticamente, toda criança entre um e três anos lançará mão desse recurso.
Seja qual for a causa,
é importante não taxar a criança de mordedora, porque isso vai gerar a
expectativa de que ela volte a morder, o que pode realmente levá-la a mais
mordidas. O melhor é tratar o fato com tranqüilidade, e mostrar à criança que o
que ela faz provoca dor, machuca. E, além disso, ensinar que existem outras
formas de expressar seus sentimentos.
A passagem da fase
acontece de forma gradativa, quando a criança sai do egocentrismo e começa a
descobrir o prazer de brincar com o outro, quando se inicia o processo efetivo
de socialização. Conforme as crianças crescem, elas aprendem a controlar suas
emoções e a se expressar através da fala, deixando a mordida de lado. É
importante, que tanto a creche, quanto os pais saibam usar este momento para
ensinar à criança as regras de convivência.
Como acabar com as mordidas?
Há “receitas” para obter mordidas, mas para acabar com elas, não. Para
evitar as mordidas é preciso que o educador e a equipe da creche pensem sobre
todos os aspectos envolvidos no dia-a-dia daquele grupo de crianças. É preciso
tentar descobrir quais são os fatores que estão fazendo isso acontecer. É
preciso pensar sobre a rotina, o espaço, a quantidade e a variedade de
brinquedos. Enfim, é preciso estar atento aos detalhes. Muitas vezes são os
detalhes os fatores desencadeadores de mordidas.
Baseado no texto "Mordidas: agressividade ou aprendizagem?" de
Ana Maria Mello e Telma Vitória.
É muito comum que nas creches, mais especificamente
nas turmas de berçário, de crianças com aproximadamente dois anos de idade;
aconteçam as mordidas. Nessa idade a criança encontra-se na fase oral, do
desenvolvimento da personalidade.
A criança tem o seu primeiro contato com o mundo
através da boca, pelo seio materno, que lhe proporciona o prazer de saciar sua
fome. Em razão dessa relação de prazer, à medida que cresce leva outras coisas
à boca, como as mãos e os pés. Aos poucos vai tentando saborear outros objetos
e até mesmo as pessoas, na tentativa de conhecer e descobrir melhor o mundo. Através
desse contato, aos poucos vai percebendo várias diferenças como doce e salgado,
duro e mole. E na escola, ao morder um amigo, descobre novas sensações de
prazer, como em ver o susto, a reação, o choro do outro. A partir dessa
sensação agradável, volta a fazer repetidamente.
As mordidas acontecem em situações de disputa por
brinquedos ou quando entra uma criança nova no grupo, causando emoções como
insegurança, medo da perda ou ciúmes do novato, já que a professora está com a
atenção mais voltada para o mesmo. Como não consegue administrar seus
sentimentos, manifesta o incômodo através da mordida.
Um grande problema que temos presenciado comumente
entre as famílias, são os pais brincando com os filhos usando a boca, dando
pequenas mordidas nos mesmos, fazendo barulhos, etc. Essas atitudes não são
erradas, mas podem confundir as crianças, que reportam para outras crianças as
mesmas brincadeiras, porém podendo machucá-las, já que ainda não possuem
domínio da força da mandíbula. As famílias devem se conscientizar que essas
brincadeiras, apesar de trazerem sentimentos positivos, podem causar atitudes
de agressividade na criança, que ainda não controla seus impulsos e não sabe
distinguir o certo e o errado.
A mordida na creche é uma situação constrangedora
para todos os envolvidos. Os pais da criança mordedora sentem-se muito mal,
ficam envergonhados, os pais da criança agredida ficam chateados com o
machucado do filho e sentem-se culpados por deixarem a criança na creche. Por
sua vez, a creche tem a difícil tarefa de mediar às relações entre as crianças
e seus familiares, a fim de amenizar os sentimentos negativos da situação. Devem
criar situações para estabelecer os limites dentro da mesma, mostrando para os
alunos que devem respeitar os amigos, tratá-los bem, com carinho e mostrar que
a criança machucada fica triste, que chora por ter sentido dor.
A criança mordida precisa de acolhimento, atenção e
ajuda para melhorar seus reflexos, expressar seu descontentamento e encontrar
mecanismos de defesa. Fortalecê-la, porém, não é incentivar o revide, o que
ocorre com frequência com alguns pais pelo receio de que seu filho se torne um
sujeito passivo diante da vida. É preciso lembrar que o adulto não deve
oferecer um modelo agressivo sob pena de fixar o ambiente hostil que está
rondando os primeiros relacionamentos da criança. Por mais que seja sofrido ver
o filho marcado por um colega, evite o rancor, pois a criança que morde não é
má e aos poucos, as vão apreendendo esses conceitos e descobrindo outras formas
de sentir prazer.
Dinâmica
Peça para o grupo se posicionar em círculo. O
facilitador informa que se der um único apito. Todos deverão dar um pulo para a
direita no mesmo tempo. Se forem dois apitos o pulo deverá ser para a esquerda.
Deve-se enfatizar a importância do sincronismo e o cuidado com o outro
respeitando seu espaço.
Após algumas rodadas pedir para que dêem as mãos e
informa que todos deverão pular da mesma maneira, porém sem soltar as mãos.
Novamente após algumas rodadas, pedir para que todos
se abracem pela cintura. Iniciam-se os apitos da mesma forma, onde todos
deverão pular em sincronia.
Abrir discussão sobre o trabalho em equipe, em
harmonia e sincronização, do respeitar o espaço do outro.
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